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sexta-feira, 27 de julho de 2012

A amiga folgada e o vestido cor-de-rosa


    Anita e Paloma são amigas de infância. Paloma desde o início da amizade é a folgada da história. Sempre pegou CDs, roupas, livros da Anita e nunca devolveu. Todos os dias a folgada vai à casa da amiga e não vai embora sem levar algo. O cômodo da casa da Anita que a Paloma mais gosta é o quarto da amiga quando entra lá revira tudo, abre o guarda-roupa, olha as roupas, os sapatos, as bolsas, maquiagem... Anita nunca demonstrou raiva, mas por dentro reprova esses atos da amiga folgada.
    Num certo dia a Anita recebeu um convite para ir ao aniversário de uma colega de faculdade, neste mesmo dia a Paloma resolveu passar o dia com ela. A hora do aniversário se aproximava e nada da folgada ir embora. Para completar a Paloma pediu pra a amiga ligar para a aniversariante e perguntar se poderia levá-la à festa. Anita fez o que a amiga pediu e a resposta da aniversariante foi sim. Mas a Paloma não estava com roupa adequada para ao aniversário, logo um modelito emprestado à amiga, até aí tudo bem. O pior foi que ela escolheu o vestido cor-de-rosa que a Anita havia separado para vestir.
Paloma – Já escolhi a roupa. Vou com esse!
Anita – Esse não!
Paloma – Por que não?
Anita – Porque esse eu vou usar.
Paloma – Mas amiga ele não combina com você.
Anita – An?
Paloma – Rosa não combina com você e esse modelo de vestido é desproporcional para o seu corpo. Pronto falei.
Anita - :O
   Depois de insistir muito a folgada conseguiu convencer a amiga a não usar o vestido rosa e ela quem usou. E até hoje ainda não devolveu. Isso já aconteceu com você?


   **Durante esse mês, todas as sextas eu estarei compartilhando com vocês alguns casos inusitados e engraçados baseados em fatos sobre amigos folgados. Serão três histórias em que você, leitor do nestante poderá apresentar soluções para ajudar os amigos a se livrarem desses folgados. Aguardo a sua participação e vamos rir juntos afinal, o que não pode faltar numa amizade mesmo sendo folgada é o humor.**


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 Diego Sansi, dezenove anos, adventista do sétimo dia, compositor, designer, estudante de publicidade e propaganda. Um cara pensador, discreto, crítico e indireto. Apaixonado por fotografias “encontro na fotografia a forma mais simples de me expressar”. Usuário assíduo das redes sociais, possui: facebook twitter e  tumblr

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Desconexo


    Não sei para quem redijo esta carta. Com certeza não será pra você, Pedro. Não me sinto mais a vontade para partilhar o que se passa dentro de mim. Talvez ficará inacabada, talvez será esquecida no fundo da gaveta, o que sei é que preciso colocar meus pensamentos em palavras, vírgulas e pontos. 

    Meus dias tem sido escuros, assombrados pelas lembranças. Me sinto desconexa, não sinto mais o fio que me ligava a você. O que sobra é me reinventar, desviar do caminho que estava percorrendo, remanejar. Vou lá fora respirar ar puro, andar um pouco, ver o que o mundo percorreu enquanto eu estava me preocupando contigo. Talvez eu encontre cor nas azaléias, canto nos pássaros e sonhos pelo caminho. Mas vou me livrar do fantasma da nossa relação. 

Ah se vou! 

Ass. Carolina


    Faz cinco meses que você partiu, Carolina. Cinco é o número de cartas que eu te enviei; recebi apenas duas, monossilábicas. Não sei se é a falta de tempo ou a falta de interesse que te impede de escrever mais. Prefiro ficar na ignorância. 

    Semana que vem você chega. Meu coração bate no ritmo do samba, aquele de raiz, criado na roda miúda pelos experientes moços de cabelos brancos. Velhice essa que possivelmente nunca chegaremos a experimentar, meu coração quase anseia por um romance shakespeariano. Você já reclamou comigo várias vezes por causa desse meu anseio dramático. Acredito que seja apenas reação ao meu imenso apreço pela arte. 
   Me fiz desconexo, sem querer. Perdão. 

Epílogo: O que importa é ver seu rosto tão belo, não mais apenas em meus sonhos… 

Ass. Pedro
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Divulgação/Facebook

Lisy Muncinelli é:
Jornalista de alma, fotógrafa em aprendizagem.
Escritora por vocação.”
você encontra ela no:


**Lisy é convidada para  a segunda temporada de CONTO 4 CONTO.


quarta-feira, 18 de julho de 2012

Breguices e Carinhos


  O que será que foi, Pedro? Não sei o que mais me atrai em você. Será os olhos, escuros e profundos, que ainda guardam o brilho da juventude? Talvez seja o jeito como movimenta as mãos enquanto fala, rápido e empolgado, acompanhando o fluxo do pensamento. A maneira como você arruma o cabelo sempre do mesmo jeito nos últimos dez anos? Pode ter sido a quantidade e qualidade absurda de assuntos abordados em uma única conversa. Ou o seu caminhar, lento e despreocupado, que contradiz com a velocidade do mundo moderno.
   

  Não sei o que me fez apaixonar por você. Você pegava na minha mão e me levava pra comer um cachorro-quente. Reclamávamos da falta de dinheiro e você me prometia que isso mudaria. Apostávamos quem conseguia fazer mais cócegas no outro. Eu dirigia seu carro e ria da sua cara de preocupado.Susurros no ouvido me deixavam arrepiada. Nos beijávamos debaixo de chuva, os pingos correndo por nossos rostos. Você me dava caixas de bombons e eu reclamava que você não me ajudava com a dieta. Caminhávamos pela praia e olhávamos para as marcas que nossos pés faziam. Ouvíamos canções românticas e você me dizia que queria casar comigo.

  Não sei quando percebi que te amava. Você me deixava louca quando largava a toalha molhada em cima dos lençóis. Dormíamos de conchinha, meu pé congelando sua perna. Me surpreendia com um buquê de gérberas e café da manhã na cama. Você chegava do trabalho e eu fazia massagem. Na quarta, você ligava a televisão e assistia futebol e eu não podia atrapalhar. Discutíamos sobre filosofias e você sempre me dizia uma teoria que eu desconhecia. O primeiro apartamento foi comprado com meu dinheiro, mas você queria dar sua opinião na decoração. Você preparava o jantar e eu colocava um jazz para tocar. As contas eram esquecidas e várias vezes cortaram a energia. Deixávamos de sair com os amigos pra ter uma noite de filme e pipoca. Você dizia que eu te sufocava.
   

O que será que foi, Pedro? Te perder dói.

Epílogo: Pode vir pegar o resto das suas coisas na terça.



Ass. C 
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Divulgação/Facebook

Lisy Muncinelli é:
Jornalista de alma, fotógrafa em aprendizagem.
Escritora por vocação.”
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**Lisy é convidada para  a segunda temporada de CONTO 4 CONTO.


sexta-feira, 13 de julho de 2012

O folgado “corta clima”

   O nosso primeiro caso vem de Guarulhos/SP. Ricardo é um jovem muito atarefado (trabalho, faculdade, autoescola...) e não tem tempo de curtir a esposa. Quando pintou uma folga ele preparou uma noite especial para o seu amor. Ele se arrumou todo, colocou a melhor roupa e o perfume mais cheiroso. Providenciou o melhor cardápio para o jantar, depois de tudo pronto eles jantam, conversam um pouco, comem a sobremesa e vão assistir um filme. De repente, no meio do clima super quente, a campainha toca (dlin don/bizzz/lálálá... como quiserem). O clima é cortado e ele sai correndo para atender a porta. Aí, a surpresa. – Pô, cara por que a porta não estava aberta? O amigo folgado! Ricardo respira fundo e pergunta:     O que você está fazendo aqui? – Que pergunta mais besta. Vim fazer companhia a vocês onde está a “Carlinha”? (esposa do Ricardo) O folgado de nome André foi direto pra cozinha e viu a mesa com o restante do jantar. – Quer dizer que vocês fazem jantar especial e nem me convidam, né? Muito obrigado pela consideração. Senta na cadeira e começa a devorar toda sobra do jantar. Enquanto isso o Ricardo observa tudo calado. Quando o André termina de comer vai direto à geladeira, abre e come o último chocolate que a Carla tinha guardado para um ataque de vontade de comer doces. Caminha até a sala e senta ao lado da esposa do amigo que está assistindo tv. – Este filme está muito chato. Pega o controle e muda de canal. Carla corre para o quarto sem aguentar. – Já vai dormir “Carlinha”? O folgado pergunta. A resposta dela é o silêncio e um bico. – Já sei deve estar cansada né? Sua cara não nega. (cara de pau) Sem ter mais o que fazer Ricardo senta ao lado do amigo folgado e assiste junto com ele.
Agora é com vocês. O que o Ricardo deve fazer para se livrar desse encosto? _


**Durante esse mês, todas as sextas eu estarei compartilhando com vocês alguns casos inusitados e engraçados baseados em fatos sobre amigos folgados. Serão três histórias em que você, leitor do nestante poderá apresentar soluções para ajudar os amigos a se livrarem desses folgados. Aguardo a sua participação e vamos rir juntos afinal, o que não pode faltar numa amizade mesmo sendo folgada é o humor.**


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 Diego Sansi, dezenove anos, adventista do sétimo dia, compositor, designer, estudante de publicidade e propaganda. Um cara pensador, discreto, crítico e indireto. Apaixonado por fotografias “encontro na fotografia a forma mais simples de me expressar”. Usuário assíduo das redes sociais, possui: facebook twitter e  tumblr






** Diego é o convidado e  amigo de Dani  para a web-serie AMIGOS EM AÇÃO. 
que acontece as sextas-feiras**

quarta-feira, 11 de julho de 2012

Alô e Adeus


Eu gosto de aeroportos. Digo isto porque é algo que você provavelmente nunca notou, nós sempre fomos breves em nossas despedidas. Algumas vezes já me peguei sentado em uma mesa observando as pessoas entrarem e saírem dos portões, enquanto tomo café. É um hábito que me ajuda bastante a passar o tempo, Carolina.

Já vi empresário de maleta e notebook, figuras solitárias e cheias de pressa. Pare eles, tempo é dinheiro, por isso mantém o celular no ouvido e o dedo no teclado enquanto esperam a chamada para o vôo. Essas pessoas desperdiçam o tempo com o que não é tão importante, Carolina.

Vi também a moça nova, seus dezoito anos, com malas grandes e pais chorosos a tiracolo. Está empolgada para morar em outra cidade: a idéia de independência bate a porta, mas não diz quem realmente é. Por enquanto o gosto ainda é do mais saboroso mel. Muitas vezes, pessoas esperam algo de seus sonhos, porém descobrem uma realidade diferente, já parou para pensar nisso, Carolina?

Observo agora a mãe de uma família de quatro crianças se dirigir ao portão de embarque. Não consigo descobrir o que fará quando chegar ao seu destino, mas ouço a promessa de pequenos presentes para cada um dos pimpolhos. O pai dribla um e outro para dar um abraço na esposa. Ela finalmente entrega a passagem e entra. As vezes penso se um dia chegaremos a formar uma família, Carolina.

As despedidas me tomam mais tempo, mas não esqueço das chegadas. São pequenas bolhas de alegria que estouram a cada passageiro que aparece. Abraços apertados, choros e gritinhos chegam aos meus ouvidos. São tantas perguntas feitas que o viajante não consegue se concentrar em apenas uma. Todos querem levar a mala, ficam espiando a procura de algum presente. Prometo que separo para a sua volta aquele doce de coco que você tanto gosta, pode ser Carolina? 

Volto para o carro, mas ainda consigo ver o avião levantando vôo e seguindo seu rumo, levando um mar de preocupações, sonhos e saudades. Queria eu que ele também levasse a saudade que sinto de ti, Carolina.

Epílogo: Você deve estar se perguntando por que escrevi uma carta e não um e-mail. Pode chamar de saudosismo, eu tenho gosto pela letra escrita pelo próprio punho. Não espero que me escreva do mesmo jeito, mas faça do jeito que achar melhor.

Ass. P. 

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Lisy Muncinelli é:
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sexta-feira, 6 de julho de 2012

Amigo em ação



Amigo é o nome que se dá a um indivíduo que mantém um relacionamento de afeto, consideração e respeito por outra pessoa. Para denominar uma pessoa de amigo, não necessariamente os indivíduos precisam se conhecer há muito tempo, muitas amizades começam repentinamente e ganham importância por diversos motivos. Amigo é aquela pessoa que se confia acima de qualquer coisa, que está SEMPRE disposto a AJUDAR, seja em situações boas ou ruins.

Vamos deixar de lado as palavrinhas quadradas e vamos nos apegar ao conceito prático de amigo. Ser amigo é ter a cara de pau pra falar que você é ou estar feio; É dividir o último biscoito do pacote – an? – pelo contrário; Fazer você passar vergonha em público; Pedir pra você pagar a conta; Tornar você um escoro pra se encostar; Dá peteleco na orelha sabendo que você odeia isso; Levar penetras para o seu aniversário; Se apaixonar pela mesma pessoa e abrir mão do amor pela amizade. (isso é forte!); Chorar/rir junto com você; Ajudar a conquistar a pessoa que você ama; Roubar um sorriso seu quando você não está pra rir; Abrir a sua geladeira sem autorização; Aparecer nas horas inesperadas; Reclamar da comida da sua mãe... Ser amigo é tudo isso e mais um pouco, ou melhor, mais um muito em um só post não dá pra dizer tudo.

As nossas listas de amigos são quilométricas e separadas por tipos cada um no seu quadrado. Amigo inteligente, chato, fiel, moderno, palhaço, metido, guloso, mentiroso, tagarela, preguiçoso, ah e não podemos esquecer o amigo que sempre está presente nas listas, o folgado.

Durante esse mês, todas as sextas eu estarei compartilhando com vocês alguns casos inusitados e engraçados baseados em fatos sobre amigos folgados. Serão três histórias em que você, leitor do nestante poderá apresentar soluções para ajudar os amigos a se livrarem desses folgados. Aguardo a sua participação e vamos rir juntos afinal, o que não pode faltar numa amizade mesmo sendo folgada é o humor.

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 Diego Sansi, dezenove anos, adventista do sétimo dia, compositor, designer, estudante de publicidade e propaganda. Um cara pensador, discreto, crítico e indireto. Apaixonado por fotografias “encontro na fotografia a forma mais simples de me expressar”. Usuário assíduo das redes sociais, possui:  facebook twitter e  tumblr







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** Diego é o convidado e  amigo de Dani  para a web-serie AMIGOS EM AÇÃO. 
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